
LUTHIER
Tamima Brasil ganhou seu primeiro pandeiro em Salvador, quando tinha 14 anos, do pai, o violonista Luiz Brasil. Era um instrumento construído pelo luthier carioca Adalberto. Com esse instrumento aprendeu os primeiros ritmos, influenciada por Marcos Suzano. Na época, Tamima percebeu que o pandeiro é um instrumento cheio de possibilidades, com todos os sons de uma bateria, capaz de acompanhar qualquer estilo de música.
Tamima também começou a desmontar o instrumento. Martelava tampinhas de garrafa e modificava as pratinelas, em busca de sonoridades. Em 1995 formou o grupo Esse Mundo é um Pandeiro, com um dos seus mestres, o grande percussionista Antonio da Anunciação. Depois tocou com Cássia Eller, Naná Vasconcelos, Elza Soares, Gal Costa, Dona Ivone Lara, Carlinhos Brown, Baby do Brasil, o rapper Xis, Nação Zumbi, Caetano Veloso, Lucas Santana, Virginia Rodrigues, e mais gente.
Em 1996, quando morava no Rio de Janeiro, conheceu Wilson Pombo da Paz, integrante do grupo Pandemonio e luthier de pandeiros. Teve dois instrumentos feitos por ele, com quem sempre conversava sobre as possibilidades sonoras do instrumento. No final do ano 2000, ela recebeu a triste notícia que Pombo tinha falecido precocemente, aos 40 anos.
Um ano depois, Blush, viúva de Pombo, decidiu doar a oficina do marido a Tamima, para que ela desse continuidade ao trabalho começado por ele. Hoje, ela tem um monte de ferramentas em sua casa. Faz tudo sozinha, a mão: o casco, as pratinelas, a montagem e finalização . Fornece instrumentos para pessoas no mundo inteiro, inclusive vários dos maiores percussionistas do mundo.















